quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

FELIÇ NATAL

Que la lhuç de la streilha de Natal benga almear i anchir de cuntentamiento a todos ls coraçons.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

As pessoas sensíveis

As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas

O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra

O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra

"Ganharás o pão com o suor do teu rosto"
Assim nos foi imposto
E não: "Com o suor dos outros ganharás o pão."
Ó vendilhões do templo
Ó construtores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito

Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem.



Sophia de Mello Breyner Andresen


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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

PRESÉPIO PORTUGUÊS: O autêntico e original!

Este presépio ainda não é Made in China! Boas Festas!
 Que o menino Jesus possa nascer este Natal e a sua luz ilumine o coração de todos.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

António Aleixo - O Filósofo do Povo

Há tantos burros mandando em homens de inteligência,

que ás vezes fico pensando, se a burrice não será uma ciência.

António Aleixo

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

SANTA BÁRBARA - Padroeira dos Mineiros





Santa Bárbara (Versão-Made in China)
Para compreender a devoção dos mineiros por Santa Bárbara importa entrar um pouco no conhecimento da história da respectiva vida lendária. Sobre esta história existem numerosas versões, a mais difundida das quais considera Bárbara nascida no início do Séc. IV em Nicomédia, actual Ismite, cidade da antiga Bitínia, na Ásia Menor, junto ao Mar de Mármara; era então Imperador Romano Maximiano Hércules.

Segundo esta versão, Bárbara era uma jovem invulgarmente bela, filha de Dióscoro, homem rico e poderoso, adorador dos deuses grego-romanos. Este, desejando destinar sua filha a um bom casamento, que também constituísse para ele uma vantajosa aliança, e por ter de partir em viagem, encerrou-a numa torre, mandando construir ali um balneário com duas janelas.

No seu isolamento, Bárbara terá entrado em profunda meditação, acabando por se converter à fé cristã, então seriamente proibida no país e já motivadora de perseguições. Na ausência do seu pai, Bárbara mandou abrir no seu balneário uma terceira janela para que assim, segundo ela, recebesse uma luz que representasse a Santíssima Trindade. Também iluminada pela Santíssima Trindade terá desenhado uma cruz com o dedo, no mármore da balneário, que ali ficou profundamente gravada e que, conforme vários relatos, teve efeitos milagrosos para os que, mais tarde, a tocaram. Além disso mandou destruir os ídolos pagãos que seu pai ali tinha.

Quando Dióscoro regressou da viagem, interrogou sua filha, que explicou o que tinha feito e informou seu pai que recusava qualquer casamento, pois já se tinha destinado a Jesus Cristo. Aquele, furioso, desembainhou a espada para a castigar, o que fez com que Bárbara fugisse e se ocultasse no interior de um rochedo que, segundo a lenda, se terá aberto para a esconder. Numa versão da Idade Média, que situa a história lendária de Bárbara perto de Atenas, a jovem terá sido protegida por mineiros de Laurio que a esconderam na sua mina. Denunciada por um pastor, Bárbara terá sido entregue ao seu pai que a levou a Marciano, máxima autoridade romana da cidade, acusando-a de professar o Cristianismo. Marciano quis perdoá-la, se Bárbara aceitasse os deuses de Roma, mas a jovem terminantemente recusou.

Por várias vezes açoitada cruelmente, Bárbara terá pedido sempre o auxílio a Deus, tendo Jesus aparecido assegurando-lhe que estaria sempre a seu lado, de modo que as crueldades dos tiranos nada pudessem contra ela. Nesse momento, Bárbara ter-se-á sentido curada e terá dado muitas graças a Jesus, assegurando-lhe que o seguiria para sempre.


Arroybar 2005
Não conseguindo demovê-la da sua fé em Jesus, Marciano, no cúmulo do furor, tê-la-á mandado decapitar. Dióscoro, seu pai, que terá solicitado ser ele o executor, terá levado Bárbara ao alto de um monte onde esta se terá ajoelhado e pedido a Jesus que, na hora da sua iminente morte, a absolvesse de todos os seus pecados. Levada pela sua bondade, terá pedido também que a mesma graça fosse concedida a todos os que, em situações de morte iminente, por seu intermédio implorassem a Extrema Unção. Tendo recebido de Jesus a garantia da satisfação destes pedidos, Bárbara terá sido decapitada pelo seu cruel pai. Isto ter-se-á passado no dia 4 de Dezembro, dia de futuro dedicado à Santa. Continua a lenda que, entretanto, o céu escurecera, se tornara tempestuoso e que, quando Dióscoro encetou o regresso do monte, um raio o fulminou, reduzindo-o a cinzas. E assim, enquanto Bárbara terá subido ao Céu levada por anjos, Dióscoro terá descido ao Inferno para ser atormentado para sempre pelos demónios.


Seixo Alvo 2010







Covelo 2009
A adoração da Santa Bárbara por parte do mineiros, ao ponto de a elegerem como Padroeira, poderá encontrar-se na sua história lendária. Para além de relações possíveis, que podem ser consideradas menores, do refúgio de Bárbara no interior da terra , quando primeiramente perseguida pelo pai, parece fora de dúvida que o motivo essencial da adoração se encontre na súplica, feita pela Santa a Jesus, para que, quando em situações de morte iminente, todos os que implorassem a Deus, por seu intermédio, a Extrema Unção, a obtivessem, ficando absolvidos de todos os seus pecados. Tais situações de morte iminente tê-las-iam sempre os mineiros diante dos olhos quando no seu trabalho no subsolo.

Este também é o motivo pelo qual Santa Bárbara é também venerada, como Padroeira, por outras profissões (artilheiros, pirotécnicos, bombeiros, etc.); outras profissões, relacionáveis com a torre, tanto quanto à respectiva construção (cabouqueiros, pedreiros, arquitectos) como quanto à respectiva utilização como prisão (presidiários, se tal se pode considerar uma profissão, e guardas de prisão), têm igualmente a Santa como Padroeira. No mundo inteiro, Santa Bárbara mantém-se Padroeira dos mineiros.

O texto veio da página do Colégio de Geológica e Minas da Ordem dos Engenheiros:

Este ano o simpático e original convite para a festa veio daqui:

E como por outras paragens a Santa também se celebra, aqui fica:

Celebra-se a 4 de Dezembro!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

GREVE GERAL

Diz o noticiário que a greve de hoje terá uma adesão de 85%!!! Devo morar num país estrangeiro e ainda não percebi...

sábado, 13 de novembro de 2010

ADEUS!!!

Não me conhecias, mas sempre que passei por ti me disseste adeus. Agora a todos nós anónimos nos falta a quem dizer adeus ao passar por aqui...Bem hajas por nos teres feito sorrir e continua a acenar onde quer que estejas.

Podiamos fazer-lhe aqui uma estátua! Aqui está uma ideia para o próximo orçamento participativo da C.M.Lisboa.

Foto tirada esta noite no Saldanha, onde seria suposto encontrar o Sr. João Serra a dizer-nos Adeus...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

???Halloween??? Hoje é dia de Todos-os-Santos e amanhã dia de Finados

Desde sexta-feira que vejo pelas ruas alguns miudos disfarçados de bruxa e por momentos pensei: Será Entrudo? Não pode ser estamos no Outono...

Para lucro de uns (bares, lojas chinesas e supermercados) e para colmatação da falta de imaginação de outros (professores e educadoras de infância), lá vai o pessoal todo encarneirado vestir o fatinho de bruxa ao menino e à menina...

Quando se celebra aquilo em que nem se acredita, pode até acabar-se a acreditar naquilo que se celebra.

Já que se dão ao trabalho, e como as abóboras até dão para fazer uma sopinha, podiam aproveitar a parte da "coisa" que ainda tem alguma coisa a ver com o nosso Pão por Deus e meter a miudagem a cravar uns bolitos e umas nozes à vizinhança... E caso os vizinhos recusem, sempre se podem aventar uns versos:

"Esta casa cheira a alho
Aqui mora um espantalho
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto"

Cá por casa e no que toca a às fatiotas não houve Entrudo. Mas só para contrariar, no próximo ano vou vestir a pestinha com uma fatiota de anjinho (como aquela em que - qual obra de bruxaria- as minhas tias malvadas me enfiaram, na procissão do Santo Ambrósio). Como não está à venda no chinês da esquina, vamos ter de meter as mãos à obra.

Entretanto passaram por aqui uns miudos porreiros a pedir Pão por Deus, se viessem mascarados teria de lhes pregar uma grande partida....







Foto: Santo Ambrósio, Vale da Porca, Macedo de Cavaleiros, 1975

domingo, 31 de outubro de 2010

OLHA... AFINAL VOU TER DE TRABALHAR!

A grande vantagem de se ter crescido e educado com pouco dinheiro e depois ter a extraordinária ideia de se viver "na Cultura" é que tratamos as dificuldades por "tu". Quem está habituado a viver com pouco faz disso uma filosofia de vida e não bufa nem chora quando as coisas apertam. É terreno familiar. Favorável, até, diria, já que para se circular nele são precisas duas coisas: trabalho e criatividade.

Os nosso economistas, políticos e povo em geral anda por estes dias a descobrir a pólvora: é preciso trabalhar. Já não dá para viver de parlapié nem de birra seguida de mais crédito. O país de poucos recursos que sempre fomos, está a perceber uma coisa incrível, que... somos pequenos e produzimos quase nada. A minha geração e os que se nos seguiram, cresceram na mais pura das ilusões: poderiam chegar à reforma, aos 55 anos, sem ter produzido nada, ou muito pouco. Uns serviços aqui, umas promoções ali, as "diuturnidades" disto, uns anos de baixa por ali e assim se passaria uma vida. Agora a crise mundial veio destapar os pés a milhões de pessoas que acordam, endividadas para a realidade.

Sendo filho de duas pessoas que se mantiveram à tona à custa do puro esforço, nunca achei possível chegar a lado nenhum de outra forma que não fosse pelo meu esforço. E acho que para a maioria das pessoas também não resta outro caminho. É estatisticamente impossível comerem todos do mesmo pote sem ninguém lá meter nada DE CONCRETO.

Há umas décadas atrás, os milionários portugueses tinham duas características: chulavam os trabalhadores nos salários mas trabalhavam 14 horas por dia. Depois veio o dinheiro da CEE, e o dinheiro começou a vir de subsídios, especulações imobilíárias, bolseira, enfim,roubalheira em geral. Abaixo na pirâmide ficou-se igualmente satisfeito, com o ordenado a bater certinho ao final do mês, quer se produzisse quer não. Os sindicatos fizeram (e fazem) pressão para que ninguém seja despedido, desde que chegue a horas ao trabalho, se sente numa cadeira, vá tomar café às 10h e saia às 5h ou 6h. O mundo perfeito.

O que vai acontecer agora e que até os mais cegos irão perceber é que esse mundo acabou. Primeiro, vão fazer barulho e chorar pela manutenção dos "direitos adquiridos" e os que nadavam em dinheiro (vulgo"crédito/privilégios) vão ver o mundo a fugir-lhe debaixo dos pés. A seguir, quem não for útil vai para a rua, o que trará mais gritaria, mas desta vez justificada. E finalmente, vai toda a minha gente começar a mexer-se, a trabalhar, a tornar-se útil e a inventar formas de produzir alguma coisa para ganhar dinheiro.Os que já viviam pelo seu esforço vão ser os primeiros a safar-se, apenas por terem já uma longa prática.

Vai ser chato? Sim. Mas a promessa do paraíso era isso mesmo: uma promessa.

Sugeria a leitura do livro de auto-ajuda, "Quem Mexeu no Meu Queijo". Isso ajudará alguns a perceberem se querem ficar a chorar no labirinto ou a colocar os sapatos ao pescoço e partir em busca de novos alimentos.

por Possidónio Cachapa a Quarta-feira, 20 de Outubro de 2010 às 16:03.
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Descoberta nova jazida de Cobre em Neves Corvo

A empresa mineira sueco-canadiana Lundin Mining, proprietária da Somincor, acaba de divulgar que foi descoberta mais uma importante reserva de cobre nas minas de Neves Corvo, no Alentejo

Os responsáveis das minas de Neves Corvo, da Somincor (detida pela Lundin Mining), acabam de anunciar a descoberta de uma nova e "importante" reserva de cobre.
Neil O'Brien, vice-presidente de Exploração e Desenvolvimento de Novos Negócios para a Lundin Mining, refere que "a última descoberta desta importância em Neves Corvo data de há 22 anos, no lugar de Lombador".

Fontes próximas do processo garantem que as reservas agora descobertas irão permitir a abertura de uma nova mina naquela zona do Alentejo. Para já segue-se mais um ano de sondagens e só depois a concessão para a abertura da nova mina, assim a empresa o pretenda.

Certo é que o preço do cobre nos mercados internacionais (8.300 dólares por tonelada) não pára de subir, assim como a procura, sobretudo impulsionadoa pelos países emergentes

Notícia Expresso.pt 27.10.2010

Esta é uma excelente notícia para a economia nacional, para a região em concreto e para a Lundin Mining em particular. Mais ainda com a procura chinesa a aumentar e os stocks chilenos a baixar, é natural que o preço suba nos próximos tempos. A descoberta ainda vai ter mais um ano de sondagens pela frente, seguido do tempo necessário para chegar com as galerias até à jazida, mas com os artistas da engenharia finaceira que temos cá pela "mercearia das bananas", ainda deve ir a tempo de equilibrar o orçamento deste ano...


Foto Aljustrel 2007

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Geo Engenharia em alta ;-)

A semana passada, após 14 anos de trabalhos de escavação foi varada uma das galerias do túnel base de St. Gotthard, na Suiça, com um comprimento total de 57 km.

O desvio final foi de apenas 8 cm horizontais e 1 cm em cota (já vi pior em comprimentos muito menores...)!

Trata-se de um feito inédito, naquele que será o maior túnel ferroviário do mundo. O sistema é muito interessante, merecendo o sítio oficial do empreendimento uma visita demorada (atalho abaixo):

Alptransit



Na mesma semana do emocionante e feliz resgate dos 33 companheiros chilenos, a notícia deste novo record, é um importante marco que abre interessantes novas prespectivas para o desenvolvimento do espaço subterrâneo...
Claro que, como se pode ver na foto, sem os mineiros portugueses nada disto seria possível... ;-)

domingo, 17 de outubro de 2010

Praia do Gaio Rosário: Qualidade de vida junto ao Tejo





O areal nestas fotos não é de nenhuma praia da costa atlântica portuguesa entre Minho e Algarve, é sim de uma praia do Tejo, mais precisamente na margem sul do estuário do Tejo na localidade de Gaio/Rosário, concelho da Moita. O investimento em ETARs que está a ser feito mas duas margens do Tejo (despesa pública com sentido, e que tem grande apoio dos fundos da União Europeia) vai permitir que provavelmente em 2012 já seja possível banharmos-nos nas águas do Tejo com alguma segurança (agora sim Professor Marcelo!). É um exemplo positivo da recuperação dos nossos recursos naturais, é possível que este investimento traga não só mais qualidade de vida para a população, como também mais receitas de turismo, pesca e agricultura (recuperação de arrozais). Deixo aqui dois links interessantes sobre o tema para quem quiser saber mais:
Em relação à praia do Gaio, posso dizer que é uma agradável surpresa natural na margem sul do Tejo, com quase ausência de construção urbana nas proximidades. Eu pessoalmente aproveitei este Sábado para terminar na praia o meu treino de corrida (1 hora, 9,6kms, mais um passo na minha preparação para participar na corrida do tejo no próximo domingo (vejam mais em http://www.corridadotejo.com/)). Correr é saudável para o corpo e para a mente, é um desporto barato e flexível para quem tem pouca disponibilidade de tempo, não admira que tenha cada vez mais adeptos. Para quem quiser ir passear ou correr pela praia do Gaio numa manhã de fim de semana e quiser ficar por ali para almoçar recomendo vivamente o restaurante Baia Tejo, www.lifecooler.com/.../restaurantes/RestauranteBaiaTejo onde podemos disfrutar de uma vista privilegiada sobre o Tejo e peixe ou marisco bem fresquinho.

A vassourada

O Governo entregou um Orçamento incompleto no último minuto. Os queixumes, como se esperava, foram gerais. A classe média - da classe média baixa à classe média alta - vai pagar a crise, como suspeitavam e agora proclamam, com indignação, os jornais de referência. Não se percebe o escândalo e a surpresa. A classe média que por aí anda - é necessária a paciência de repetir - não passa de uma emanação, torpe e maligna, do Estado democrático. A administração central e a administração local inventaram maneiras de a criar (e lhe pagar), a troco da fidelidade e do voto, para não fazer nada de útil e principalmente de produtivo. Desde o princípio que os partidos vivem dela e que ela, inerte e incapaz, tornou o país num covil de parasitas sem vergonha ou carácter. O desaparecimento do funcionalismo directo ou indirecto (ou, pelo menos, de quatro quintos dele) não prejudicaria ninguém.

Conheço pessoas que o PSD e o PS (e até o PC) a seu tempo instalaram em altas posições que mal sabem ler e, definitivamente, não sabem escrever. Conheço pessoas que se dedicam antes de mais nada a justificar a sua injustificável existência, pelo curioso meio de aumentar a "verba" e o pessoal do departamento onde por acaso caíram, com o único propósito de promover o seu estatuto, espatifando zelosamente o que lhe dão. Vejo dia a dia a obra das câmaras, que pouco a pouco se tornou num exercício de extravagância, megalomania e, desconfio, em muitos casos de puro latrocínio. Podia fazer uma longa lista da gente que o Estado persiste em sustentar em nome de actividades sem espécie de justificação possível. Como podia fazer uma longa listas dos "negócios" em que se meteram milhões, em exclusivo benefício de interesses que não sofrem descrição.

Que todo este mundo se afunde e desapareça, com os seus cartões de crédito de "representação" e os seus carros de empresa, com as suas casas no Recife e as suas férias na Tailândia não me comove. Portugal precisa duma grande vassourada e a tragédia será que a crise poupe (e talvez poupe) esta piolheira. Ontem descobri num restaurante que já se festeja intensamente o Natal. A degradação a que a nossa classe média chegou não se cura com menos de uma catástrofe. O primeiro-ministro, José Sócrates, não é um acaso, é um símbolo: o símbolo da vacuidade, da ambição e do oportunismo que o regime permitiu e protegeu.

Vasco Pulido Valente, in  Público 17.10.2010

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A história da carochinha

Era uma vez uma carochinha que um belo dia andava a varrer a casa e encontrou uma moeda nova. Bem, não era propriamente uma moeda, mas apenas um papelinho, chamado Tratado de Maastricht, que dizia que, se ela se portasse bem, um dia podia ter a moeda única. A carochinha ficou muito contente, vestiu o seu melhor vestido e pôs-se à janela a cantar:
- Quem quer casar com a carochinha, que é formosa e bonitinha?

Passou por ali naquela altura um leão, chamado Cavaco, que disse: “Quero eu! Quero eu!” Mas o leão rugia muito alto, e garantia que para ter uma moeda única era preciso trabalhar, ter competitividade e vencer o desafio europeu. A carochinha respondeu:
- Ai que voz essa? Com tanto barulho não me deixas dormir! Contigo é que não quero casar!

O leão foi-se embora, voltando para a sua universidade, e a carochinha tornou a cantar:
- Quem quer casar com a carochinha, que é formosa e bonitinha?

Passou então um pato chamado Guterres, que disse “Quero eu! Quero eu!” O pato Guterres tinha uma viola e cantava muito bem sobre diálogo, coração, paixão da educação e outras coisas lindas. Foi então que veio a notícia de que a carochinha tinha sido aceite na moeda nova, o euro. Ficaram os dois muito contentes e, como estavam mesmo a planear casar-se, o pato comprou um grande caldeirão.

Durante um tempo os dois pareciam muito felizes mas, como o caldeirão tinha um furo, o pato gastava cada vez mais dinheiro para o encher e começaram a endividar-se nas mercearias das redondezas. A dívida externa da carochinha, que era de 8% do PIB quando o pato chegou, já ia nos 50%. Então o pato fugiu. Diz-se que foi cantar para a ONU, e de vez em quando ainda se ouvem as suas músicas na televisão.

A pobre carochinha, com a moeda única e a dívida do caldeirão a subir, foi de novo pôr-se à janela à procura de marido, cantando a sua canção. Nessa altura passou por ali o coelho Barroso, muito saltitão, que disse “Quero eu! Quero eu!”

Quando viu a situação, o coelho Barroso achou que a carochinha estava de tanga e começou a rugir como o leão. Só que agora, como de qualquer maneira não conseguia dormir de aflição por causa da dívida, a carochinha lá se conformou com o barulho, desde que se fizesse alguma coisa para resolver o buraco no fundo do caldeirão.

O coelho até tinha bons planos, mas um belo dia passou por ali uma carochinha belga, muito bonita e muito rica. Ela e o coelho apaixonaram-se e fugiram juntos, deixando a carochinha outra vez sozinha com a moeda única e o caldeirão. E já voltou a pobre à janela e à sua canção.

Até que passou por ali o belo galo Santana, que cantava muito bem. Só que o pai da carochinha, que não gostava nada de galos, expulsou-o rapidamente e eles nem tiveram tempo de conversar.

Mais uma vez a pobre carochinha teve de regressar à sua janela e à sua canção, enquanto a dívida externa do caldeirão já ia nos 65% do PIB. Passou finalmente o José Ratão, que disse logo que resolvia tudo. Este não rugia, como o leão ou o coelho, nem cantava, como o pato ou o galo. O que ele fazia era falar. Falava, falava muito. Tinha imensas ideias excelentes. Dizia que a solução era o Simplex, as reformas da administração pública, Segurança Social e outras coisas, e até ia conseguir tirar do caldeirão grandes obras, como o TGV, aeroportos e auto-estradas, tudo em parcerias público-privadas baratíssimas.

A carochinha ficou apaixonada e decidiu casar-se depressa até porque, apesar da conversa do José, as coisas estavam cada vez pior. Não só a dívida já ia acima dos 100% do PIB, mas na aldeia falava-se de uma vizinha, a carochinha grega, também solteira e com um caldeirão ainda maior, a quem as mercearias já ameaçavam atirar ao lobo FMI. Mas o Ratão sossegou-a, garantindo que a culpa da situação era das agências de rating e que ele resolveria tudo com PEC. Só que, quando se debruçava no caldeirão para tapar o buraco com o terceiro PEC, caiu lá dentro.

Assim acaba a história da linda Carochinha que achou uma moeda e do seu José Ratão, que morreu cozido e assado no caldeirão.



João César das Neves in DN 11/10/2010
Imagem: Anita Félix

domingo, 10 de outubro de 2010

Liberdade aos Companheiros


Amanhã começará o resgate dos 33 aprisionados no fundo da mina. Ganhar o pão debaixo de terra não deveria ser tão duro!

Votos de boa sorte... vão continuar a precisar dela.

Os Marcos Antónios deste país

http://www.ionline.pt/conteudo/56994-marco-antonio-costa-diz-que-endividamento-gaia-e-irrelevante-face--dinamica-investimento

Não sei se serei um péssimista ou um optimista bem informado, mas estou de facto muito preocupado com a situação das finanças públicas do país. Basicamente alguém (os nossos governantes) andou a gastar à nossa conta mais do que nós podiamos pagar. E a factura depois de ser o mais possível adiada, está a começar a chegar em "suaves" prestações...
As medidas anunciadas são duras mas de facto neste momento não há grande alternativa. Espero sinceramente que os dirigentes partidários PS/PSD ponham o interesse nacional à frente dos interesses eleitorais e partidários e aprovem o orçamento para 2011. Dizia à pouco na TVI o Prof. Marcelo que um dos principais opositores no PSD à aprovação do orçamento é o vice presidente do PSD que é também o vice presidente da Camara de Gaia de Luis Filipe Meneses. Anexo uma entrevista já deste ano deste sr. que no seu CV sempre foi político, autarca, administrador de empresas públicas ou governante. Fiquei a saber que a opinião deste sr. é que as dívidas não interessam nada, é preciso gastar gasta-se, quem vier daqui a uns anos que pague...
Acho que este sr. simboliza o que nós trouxe até aqui e o que nos pode levar descalabro totaldo país se nada mudar. A culpa é de todos nós que deixámos que alguns elementos de qualidade duvidosa tomassem conta dos grandes partidos e dos seus aparelhos através de cacicagem, e por consequência tomassem conta da vida pública do país. E as pessoas de bem iam dizendo "não quero ter nada a ver com a política, é um mundo sujo, são todos uns ladrões, interesseiros, querem é tacho, aldrabões, etc". Este foi o resultado, afinal se calhar parece que a política pode afectar e muito a nossa vida, e isto leva a pensar que seria bom que pessoas de bem e de valor pensassem melhor se não deviam participar activamente num partido, o que lhes parecer melhor (ou menos mau...), e podessem ajudar a escolher melhores lideranças partidárias. Acho que o problema é que mesmo participando nas eleições nacionais as lideranças estão cada vez mais cheias de pessoas dos diversos "aparelhos" que precisam de ser reciclados urgentemente.

sábado, 9 de outubro de 2010

Pastar a Vacácia

Por estes dias tive o previlégio de ter por escritório uma selva de criptomérias na Lagoa das Furnas em S. Miguel.
E no final, graças aos felinos Félix, ainda deu para pastar a vacácia nas 7 cidades...
http://patite.blogspot.com/

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

rÉPUBLICA...


No centenário da Républica é com grande tristeza que publico esta foto mas, infelizmente, depois do que se tem passado ultimamente, isto deve corresponder ao sentimento de uma larga maioria silenciosa relativamente ao sítio em que os nossos eleitos transformaram o país em que vivemos.


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

FIESTA!!!!! Chocalhos 2010

... Depois de ter vivido durante um ano em Alpedrinha, é com grande gosto que se revisitam velhos e novos amigos, em ambiente de festa rija.

Ainda recordo de quando aqui cheguei em 1999 com aquela sensação inicial de "deportado", que graças aos fantásticos alpetrinenses, rapidamente se desvaneceu e as raizes ficaram, afinal, somos um bocadinho de todos os sitíos por onde passamos e das pessoas que vamos conhecendo pelo caminho.



Um obrigado muito especial a todo o pessoal dos Roncos E Curiscos, mesmo com tantos freaks, sem vós a festa não seria a mesma!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Abraham Lincoln - Carta ao professor do filho

No início de mais um ano lectivo, esta carta vem a propósito.



"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, por cada vilão há um herói, que por cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que por cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos. Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

Ensine-o a ouvir a todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando esta triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.

Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.

Eu sei que estou a pedir muito, mas veja que pode fazer, caro professor."



Abraham Lincoln, 1830

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Rei Lagarto

L.A. Woman, 1971

PEOPLE ARE STRANGE

People are strange when you're a stranger, / faces look ugly when you're alone. / Women seem wicked when you're unwanted, / streets are uneven when you're down. / When you're strange, faces come out of the rain, / when you're strange, no one remembers you're name, / when you're strange, when you're strange/ when you're strange. 

Jim Morrisson, Strange Days, 1968

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Fajã do Santo Cristo

Costa Norte da Ilha de S. Jorge. (Fajã da Caldeira do Santo Cristo ao fundo)

Eis um local (felizmente) mal conhecido do nosso Portugal. É duro chegar lá (não há estrada). É duro estar lá (não há electricidade) e após o abandono da povoação, após o sismo de 01.01.1980, restam hoje quatro resistentes famílias e uns extra-terrestres que por ali passam no Verão em busca do previlégio de fazer parte da paisagem e de apanhar umas boas ondas...
É sem dúvida um local a regressar, esperando que a evolução, que naturalmente irá acontecer, mantenha este lugar verdadeiramente mágico tal como está, simplesmente assim.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O Inverno Nuclear

Com a festa do Avante à porta, vem a proposito espreitar as recentes preocupações de Fidel Castro, relativamente à possibilidade de um eventual holocausto nuclear. Mesmo um conflito entre duas das mais pequenas potencias nucleares, por exemplo India e Paquistão poderia aniquilar a humanidade. Está em espanhol, mas ainda assim vale a pena ler e meditar nisto:


"El Invierno Nuclear




Me avergüenza ser desconocedor del tema, que ni siquiera había oído mencionarlo. De lo contrario, habría comprendido mucho antes que los riesgos de una guerra nuclear eran mucho más graves de lo que imaginé. Suponía que el planeta podía soportar el estallido de cientos de bombas nucleares al calcular que, tanto en Estados Unidos como en la URSS, se habían realizado incontables pruebas a lo largo de años. No había tomado en cuenta una realidad bien sencilla: no es lo mismo hacer estallar 500 bombas nucleares en 1 000 días, que hacerlas estallar en un día.
Pude conocerlo cuando solicité información a varios especialistas en la materia. Es de suponer que me asombré cuando conocí que no hacía falta una guerra mundial nuclear para que pereciera nuestra especie.
Bastaría una contienda nuclear entre dos potencias nucleares de las más débiles, como India y Pakistán -que entre ambas, sin embargo, reúnen mucho más de 100 armas de este tipo-, y la especie humana desaparecería.
Razonaré un poco con los elementos de juicio que me proporcionaron nuestros expertos en la materia, tomados de lo que ha sido expuesto por los más prestigiosos científicos del mundo.
Hay cosas que Obama conoce perfectamente bien:

“…una guerra nuclear entre EE.UU. y la Unión Soviética produciría un ‘invierno nuclear’.”

“El debate internacional acerca de esa predicción, animado por el astrónomo Carl Sagan, obligó a los líderes de ambas superpotencias a enfrentarse a la posibilidad de que su carrera de armamentos no sólo los pusiera en peligro a ellos, sino también a la humanidad entera.”

“…’los modelos elaborados por científicos rusos y norteamericanos mostraban que una guerra nuclear daría por resultado un invierno nuclear tremendamente destructivo para toda la vida en la tierra; saber eso representó para nosotros, para las personas de moral y honor, un gran estímulo…’.”

“…las guerras nucleares zonales podrían desencadenar una catástrofe global similar. Nuevos análisis revelan que un conflicto entre India y Pakistán en el cual se lanzaran 100 bombas sobre ciudades y áreas industriales -sólo el 0,4 por ciento de las más de 25 000 ojivas que hay en el mundo- generarían humos suficientes para arruinar la agricultura mundial. Una guerra regional podría causar pérdidas de vidas incluso en países alejados del conflicto.”

“Con ordenadores modernos y modelos climáticos novedosos, nuestro equipo ha demostrado que no sólo eran correctas las ideas de los años ochenta, sino que los efectos durarían al menos 10 años, mucho más de lo que antes se creía [...] el humo incluso de una guerra regional recibiría calor del Sol y ascendería para permanecer suspendido durante años en la atmósfera superior, velando la luz solar y enfriando la Tierra.”

“India y Pakistán, que entre ambas reúnen más de 100 cabezas nucleares…”

“Creen algunos que la teoría del invierno nuclear desarrollada en los ochenta ha caído en descrédito. Por eso quizá se sorprendan ante nuestra aseveración de que una guerra nuclear zonal, entre India y Pakistán, por ejemplo, podría devastar la agricultura en todo el planeta.

“La teoría original estaba rigurosamente validada. Su fundamento científico tenía el respaldo de investigaciones realizadas por la Academia Nacional de Ciencias, por estudios patrocinados por las Fuerzas Armadas de EE.UU. y por el Consejo Internacional de Sindicatos Científicos, que incluían representantes de 24 academias nacionales de la ciencia y otros organismos científicos.”

“Quizás el enfriamiento no parezca cosa de particular preocupación. Pero conviene saber que una leve disminución de temperatura puede acarrear consecuencias graves.”

“La cantidad total de cereales hoy almacenada en el planeta podría alimentar a la población mundial durante un par de meses (véase ‘Crisis alimentarias: ¿una amenaza para la civilización?’ por Lester R. Brown; INVESTIGACIÓN Y CIENCIA, julio 2009).”

“A veces, el humo de los grandes incendios forestales penetra en la troposfera y en la estratosfera inferior y es arrastrado a grandes distancias, generando enfriamiento. Nuestros modelos se acomodan también a esos efectos.”

“Hace 65 millones de años, un asteroide impactó en la península de Yucatán. La nube de polvo resultante, mezclada con el humo de los incendios, ocultó el Sol, matando a los dinosaurios. El volcanismo masivo, que a la vez se daba en la India, pudo haber agravado los efectos.”

“…el creciente número de estados nuclearizados eleva las probabilidades de que se inicie una guerra, deliberada o accidentalmente.

“Corea del Norte ha amenazado con guerra si no se deja de parar e inspeccionar sus barcos en busca de materiales nucleares.”

“Algunos líderes indios extremistas propugnaron atacar Pakistán con armas nucleares a raíz de los últimos ataques terroristas sobre India.”

“Irán ha amenazado con destruir Israel, ya potencia nuclear, que a su vez ha jurado no permitir jamás, que Irán se convierta en potencia nuclear.”

“Las dos primeras bombas nucleares conmocionaron tanto al mundo, que pese al masivo crecimiento desde entonces de esas armas, éstas nunca han vuelto a emplearse.”

Una guerra nuclear es inevitable a partir del momento en que se cumpla el plazo del Consejo de Seguridad de la ONU; cualquier cosa puede suceder cuando el primer barco iraní sea inspeccionado.
“En el marco del Tratado Estratégico de Reducción Ofensiva, EE.UU. y Rusia se comprometieron a dejar su arsenal en 1 700 y 2 200 las ojivas nucleares estratégicas desplegadas para finales de 2012.”
“Si esas armas se emplearan contra objetivos urbanos, matarían a centenares de millones de personas y una ingente humareda de 180 Tg inundaría la atmósfera del planeta.”
“El único modo de eliminar las posibilidades de una catástrofe climática es eliminar las armas nucleares.”

Estuve reunido hoy al mediodía con cuatro especialistas cubanos: Tomás Gutiérrez Pérez, José Fidel Santana Núñez, el Coronel José Luis Navarro Marrero, Jefe de la Secretaría de Ciencia y Tecnología del MINFAR y Fidel Castro Díaz-Balart, con quienes analicé el tema que trato en esta Reflexión.
Solicité la reunión ayer 22 de agosto. No deseaba perder un minuto. Fue sin duda fructífera."

Fidel Castro Ruz
Agosto 23 de 2010
5 y 34 p.m.



Fonte: http://www.cubadebate.cu/reflexiones-fidel/2010/08/23/el-invierno-nuclear/

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
E eu quero por força ir de burro!

                                         Paris, 1916

Mário Sá-Carneiro, Mistério


Devia-se guardar este poema para o final do blog... ou talvez não, pode não acabar tão depressa.

Maninha: Obrigado por teres deixado este livro esquecido em cima da mesa.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Com elas calçadas

É em boa onda estival que este blog arranca, entre mergulhos e festas de Verão, no Pinhal Interior.

O início de um Blog

Este era um projecto há muito desejado, aliás estava no meu mapa do tesouro de 2010...a ideia é que este seja um espaço de livre espressão e troca de ideias entre amigos. O blog "orelhas de burro" não tem tema, é para escrevermos sobre o que nos passar pela cabeça, é um espaço de reflexão, que é tantas vezes necessário num mundo de tanto stress, de notícias diárias, de reacções a quente e pouca reflexão. Espero que os nossos amigos gostem do que lêem.
beijinhos e abraços,
José Jumento