segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
E eu quero por força ir de burro!

                                         Paris, 1916

Mário Sá-Carneiro, Mistério


Devia-se guardar este poema para o final do blog... ou talvez não, pode não acabar tão depressa.

Maninha: Obrigado por teres deixado este livro esquecido em cima da mesa.

1 comentário:

  1. Hello! No problem!
    Quem diria que viria aqui parar um excerto importante como este :)

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